Maria Gadú – Conheça a história da cantora que é atração do festival
Mayra Corrêa Aygadoux, a Maria Gadú, nasceu em São Paulo no dia 4 de dezembro de 1986. Desde os sete anos, ela já gravava músicas em fitas cassete e, após alguns meses de aulas de violão, começou a compor suas próprias canções.
Com 13 anos, Gadú passou a tocar em bares e festas. Sobre essa época, ela diz que tocava quase todas as noites e, por isso, se sentia um pouco distante da realidade de adolescente que deveria estar vivendo.
Em 2008, após um giro pela Europa, ela foi morar no Rio de Janeiro, onde continuou a se apresentar em bares da Barra da Tijuca. Lá, conheceu artistas da rede Globo, que abriram para ela as portas da emissora. A convite do diretor Jayme Monjardim, Gadú apareceu cantando na série “Maysa – Quando Fala o Coração”, da emissora carioca, e uma música sua entrou para a trilha sonora do programa.
Logo após “Maysa”, Gadú assinou contrato com a Som Livre, da Globo. A gravadora lançou o primeiro álbum da artista, intitulado “Maria Gadú”, em 2009.
O trabalho de Gadú e suas apresentações atraíram grandes nomes da música brasileira como João Donato, Milton Nascimento e Caetano Veloso. “Prevejo um caminho iluminado para ela. Gosto muito do estilo, da personalidade e da voz da Maria”, disse João Donato em entrevista ao “Globo”.
E foi com uma canção composta aos dez anos de idade, na beira da praia, que Gadú alcançou o sucesso. “Shimbalaiê”, trilha sonora da novela “Viver a Vida”, tornou-se uma das músicas mais tocadas nas rádios do país. Ela tinha menos de 15 anos quando escreveu, sob a influência de Marisa Monte, a maior parte de suas músicas que fazem sucesso.
Além de Marisa Monte, ela cita Adoniran Barbosa, Chico Buarque, Ana Carolina e Maria Bethânia entre os artistas que influenciam sua música, que ela classifica como música popular brasileira – nem pop demais, nem elitista.
Em tempos de MP3, seu disco de estreia vendeu cerca de 180 mil cópias. As vendas foram alavancadas pela grande exposição que a artista recebe na Globo: em dois anos, as trilhas sonoras de oito novelas e minisséries da emissora tiveram músicas de Gadú.
Em 2010 a cantora recebeu duas indicações ao Grammy Latino nas categorias Melhor Artista Revelação e Melhor Álbum de Cantor/Compositor.
Em dezembro de 2011, Maria Gadú lançou seu segundo álbum de estudio, “Mais Uma Página”, cuja primeira música, “Axé Acappella”, de Dani Black e Luísa Maita, foi lançada como single e disponibilizada para download gratuito no site da cantora. O disco também traz a regravação de “Amor de índio”, música já interpretada pelo grupo Roupa Nova, e conta com a participação de Lenine e do cantor português Marco Rodrigues no tema “A Valsa”.
Em junho de 2014 voltou a dar dois concertos em Portugal, nos coliseus de Lisboa e Porto, que tiveram como sempre casa cheia. Gadu cantou os seus principais êxitos.
Em 2015 apresenta ao público seu disco “Guelã”, lançando o primeiro single do disco, “O bloco”, em 6 de maio. No ano seguinte, após o sucesso de “Guelã”, foi realizada a gravação do DVD de mesmo nome em 11 de agosto de 2016, no Centro Cultural São Paulo.
Repertório diferenciado para o Jurerê Jazz Festival
O público de Florianópolis terá a oportunidade de conhecer uma outra faceta do trabalho de Maria Gadú. Depois de circular por algumas cidades do Brasil, a cantora paulistana chega ao Jurerê Jazz Festival para um show exclusivo para o festival e intimista, com repertório com standards de jazz e blues, e ainda MPB.
Acompanhada dos músicos Conrado Goys (guitarra), Lucas Cirillo (gaita), Dudinha (baixo) e Thiago Big Rabello (bateria), Gadú interpreta músicas como “Voodoo Child”, de Jimi Hendrix, “Pride and Joy”, de Stevie Ray Vaughan, e “Thrill is Gone”, um blues de 1951, que fez sucesso na voz de B.B. King.
Das canções já conhecidas na voz da cantora está ainda “A História de Lily Braun”, composição de Edu Lobo e Chico Buarque, gravada em seu primeiro CD, em 2009.
Maria Gadú se apresenta na sexta-feira, dia 21, às 21h, no Jurerê Beach Village.
Ingressos à venda na Blueticket.
A cantora também participa de uma Jam Session no mesmo dia e local, às 22h30, apenas com couvert artístico.
Sobre o evento
Balneário badalado durante os dias de calor, Jurerê Internacional se transforma nesta estação em um grande palco instrumental, onde o jazz e o acesso gratuito à maior parte das apresentações dão o tom principal. A 7ª edição do Jurerê Jazz Festival, de 20 de abril a 1º de maio, terá programação diária no balneário ao longo de 12 dias, com mais de 40 shows, 95% deles abertos ao público em palcos com estrutura coberta na Plataforma Zero, no Jurerê Open Shopping, e na área externa do Il Campanário Resort, ambos ao lado do mar.
O Jurerê Jazz Festival 2017 mantém a tradição de unir importantes nomes do cenário internacional e nacional com músicos locais, e em muitas ocasiões promovendo parcerias entre eles no palco, voltando seus holofotes também para artistas menos conhecidos, mas de grande expressão.
“Queremos dar visibilidade aos artistas, formar plateia e democratizar o acesso a um produto cultural que, esperamos, seja reconhecido nos próximos anos pela relevância do seu conteúdo”, explica o criador e idealizador do evento, o produtor cultural Abel Silva, da A2 – Música e Comportamento.