Conheça a carreira do músico Flávio Guimarães, atração do festival
Flávio Guimarães iniciou seus estudos na harmônica cromática em 1982, tendo Maurício Einhorn como mestre. Algum tempo depois, sua paixão pelo blues o fez voltar-se para a harmônica diatônica. No final de 1985, formou sua primeira banda, chamada Blues Etílicos.
Em 88, foi para Chicago ter aulas com Sugar Blue e Howard Levy. De volta ao Brasil, começou a transmitir seus conhecimentos a uma legião de alunos através de seus cursos e workshops. Pouco depois, produziu a primeira “vídeo aula” direcionada ao tema no país.
A harmônica cromática, apelidada no Brasil de “gaita de chave”, é em geral mais utilizada no jazz, bossa nova, choro e música erudita. Ela possui timbre e características próprias que a diferem bastante da harmônica diatônica, mais utilizada no blues e no rock.
A “gaita diatônica” era um instrumento praticamente desconhecido dentro do cenário da música brasileira até o aparecimento de Flávio Guimarães, indiscutivelmente o grande pioneiro na profissionalização desse instrumento no país. O ineditismo de seu trabalho fez com que se tornasse um instrumentista requisitado para dezenas de gravações de discos, trilhas para novelas e séries de TV.
Nos anos 90 a sua banda, Blues Etílicos, alcançou grande destaque com músicas nas rádios nacionais e programas especiais na TV Cultura, Manchete e MTV. Graças a Flávio, a harmônica diatônica se populariza no Brasil e uma nova geração de músicos aderiu ao instrumento.
Já em 1999, Flávio Guimarães criou o Encontro Internacional da Harmônica, principal evento temático do gênero na América do Sul, realizado por treze anos seguidos na cidade de São Paulo, no Sesc Pompéia. A partir de 2004, passou a dividir a produção do evento com o parceiro e também gaitista Thiago Cerveira.
Ao longo dos anos seguintes, Flávio estabeleceu um intercâmbio constante com alguns dos maiores nomes da harmônica mundial, como Charlie Musselwhite, Rick Estrin, Joe Filisko, Gary Smith, Mark Hummel, Mitch Kashmar, Steve Guyger, Sugar Blue e Howard Levy, músicos com quem teve a oportunidade de realizar turnês e dividir o palco.
Flávio Guimarães vem atuando como produtor artístico e curador de diversos festivais, destacando-se o Festival do Porto, evento que faz parte de reestruturação da região portuária do Rio de Janeiro.
Em 2015, participou quatro vezes como convidado especial do Quarteto Onze e Meia, do Programa do Jô.
Atualmente divide sua agenda entre seus vários projetos, lançando novos álbuns e realizando shows em todo Brasil e no exterior.
O artista é a principal referência na gaita de blues no Brasil e um músico requisitado para gravações com nomes como Cássia Eller, Djavan, Erasmo Carlos, Titãs, Paulo Ricardo, Almir Sater, Ed Motta, Luiz Melodia, Zélia Duncan, Renato Russo, Rita Lee, Zeca Baleiro, Fernanda Abreu, Kid Abelha e Alceu Valença, entre outros.
Nesta edição do Jurerê Jazz Festival, Flávio Guimarães se apresenta acompanhado pela “Cristiano Ferreira Blues Band”, de Florianópolis, e trará no repertório músicas próprias como Nice and Easy, Times Are Faster, além de músicas de Little Walter como Up The Line e Crazy Mixed Up World.
Flávio Guimarães se apresenta de forma gratuita na sexta-feira, dia 21, às 19h no Jurerê Open Shopping.
No mesmo dia, às 20h, o artista se apresenta no Jurerê Beach Village, tendo como convidado o cantor e showman do blues e soul JJ Jackson.
Sobre o evento
Balneário badalado durante os dias de calor, Jurerê Internacional se transforma nesta estação em um grande palco instrumental, onde o jazz e o acesso gratuito à maior parte das apresentações dão o tom principal. A 7ª edição do Jurerê Jazz Festival, de 20 de abril a 1º de maio, terá programação diária no balneário ao longo de 12 dias, com mais de 40 shows, 95% deles abertos ao público em palcos com estrutura coberta na Plataforma Zero, no Jurerê Open Shopping, e na área externa do Il Campanário Resort, ambos ao lado do mar.
O Jurerê Jazz Festival 2017 mantém a tradição de unir importantes nomes do cenário internacional e nacional com músicos locais, e em muitas ocasiões promovendo parcerias entre eles no palco, voltando seus holofotes também para artistas menos conhecidos, mas de grande expressão.
“Queremos dar visibilidade aos artistas, formar plateia e democratizar o acesso a um produto cultural que, esperamos, seja reconhecido nos próximos anos pela relevância do seu conteúdo”, explica o criador e idealizador do evento, o produtor cultural Abel Silva, da A2 – Música e Comportamento.